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E no segundo semestre tem estreia: ANGELINA!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Pela pele

Ando por aí à procura de um amor. Um amor bonito. Um amor de novela. Será que existe? Um amor romântico. Será que dura? Um amor inquieto. Um amor irritante. Um amor transparente. Um amor amor. Ando por aí à procura de um amor. Um amor que apenas ame. Um amor que se permita ser amado. Um amor instigante. Um amor excitante. Um amor que não seja bege claro. Ando por aí, é claro, à procura de um amor... que talvez nem exista! Será que eu quero que exista? Será que eu daria conta de tanto mel azulado? Amor melado... amor grudento... amor amassado. Não quero não. Talvez dê enjôo...

Sendo assim, quero então um amor que me enxergue. Um amor que derrame, que transborde. Quero um amor que descubra meu nome. Que descubra meus segredos. Quero um amor que se importe comigo. Que vá atraz de mim. Que me procure à noite e me ache. Quero um amor que se adapte. Quero um amor que conquiste. Quero um amor que se esforce, que se reinvente. Quero um amor que respeite. Um amor que me ouça pela alça da alma... quero um amor que advinhe, porque presta tanta atenção...

...não quero um amor que castigue, não quero não; nem quero um amor que estrague, muito menos um que atropele. Um amor que não divide, que só ama um...

Quero sim, um amor que se espalhe pela pele e diga :
"Vamos dançar ?"

terça-feira, 4 de maio de 2010

Enxaqueca

Depois de 7 dias com uma enxaqueca infernal pensei uma coisa: será que é isso que as lagartas sentem no casulo? Será que logo antes de virarem borboleta elas sentem dor? Medo? Insegurança? Será que acham que vão morrer? Será que por um instante desistem de tudo? Será que acham que vão explodir? Ou mais : será que sabem que precisam explodir, pois elas não cabem mais ali? E por um instante elas simplesmente se permitem...
E explodem.
E suas coloridas asas brilham ao sol.
E voam.

Será que estou virando borboleta? rsrs

Poesia Cura

A poesia cura.

Cura a alma machucadinha.
Cura o coração partidinho.
Cura a mente obsessivasinha.

A poesia preenche os espaços vazios do corpo com uma coisa sem nome...

E é bom... é tão bom que temos vontade de beber poesia, comer poesia, viver em poesia.

Temos vontade de trazer a poesia do lugar de onde ela vem e convidá-la para morar consoco...

Mostrar a vida "real" para ela; mas de longe, senão ela se machuca.

E de longe, ela consegue curar a vida da sua realidade machucada, partida e obsessiva.
Ela consegue ligar os pontos e formar um lindo desenho, ela derrama tintas coloridas pelo mundo, e nos traz um alimento que faz os olhos brilharem... mas esse alimento também não tem nome... as coisas da poesia não são muito de ter nome. Elas são.

A poesia nos lembra que palavras podem costurar vidas, alimentar os sonhos, tecer um amor estrelado...

A poesia nos faz lembrar quem somos : Anjos, Demônios e Humanos.

Rosa Antuña