Próximas apresentações e workshops:

Rio de Janeiro:
- agosto: O Vestido - aguardem

E no segundo semestre tem estreia: ANGELINA!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

MULHER SELVAGEM estréia no 1,2 na Dança


FOTO : Guto Muniz

Mulher Selvagem - solo inspirado no livro MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS, de Clarissa Pinkola Estés

Estréia em Belo Horizonte na 7a edição do 1,2 NA DANÇA , a se realizar no Teatro Alterosa
Dia 16 de setembro, quinta-feira, às 21:00hs
Ingressos a 12,00 reais inteira e 6,00 reais meia.


Dança, música, teatro e poesia são os recursos usados para expressar o tema “Mulher Selvagem”, que nada mais é do que a mulher criativa, livre, confiante e plena. Este solo, assim como o livro, busca nos lembrar de resgatar nossos instintos e permitir que nossa loba interior nos leve de volta para casa.

Em “Mulheres que correm com os Lobos”, livro de Clarissa Pínkola Estés, o termo mulher selvagem é usado para designar a mulher sadia em relação à sua essência feminina. A mulher livre que existe dentro de cada mulher. E essa mulher livre é aquela que cria. Todo o tempo ela cria. Pinta, canta, compõe, cozinha, escreve, dança, representa... A mulher selvagem é a própria força do feminino, com leveza, plenitude e consistência.
Por incrível que pareça, isso não é tão simples assim na prática. Devido à nossa estrutura social, cultural e histórica, a mulher selvagem foi açoitada, reprimida, condenada a vagar por áridos desertos ou florestas escuras repletas de feras. Infelizmente, muitas vezes esta metáfora foi algo literal.
Hoje, a mulher que perdeu o contato com seu feminino selvagem é aquela mulher amarga, abatida, masculinizada, confusa, frustrada... É a mulher sem EU. Anulada. Ela vive papéis. Vive em função do outro, mas nunca em função de si mesma. É a esposa, a mãe, a profissional boazinha demais. E enquanto ela corre de um lado para o outro, seu feminino torna-se um feminino sombrio. Sua mulher selvagem grita por socorro e faz de tudo para chamar sua atenção.
A mulher que perde seu instinto selvagem perde o fio da vida. Auto-sabotagem, medo, conflitos constantes, inveja, nenhuma auto-estima, dependência emocional, são apenas alguns dos problemas que surgem quando se perde o contato com a loba interior.
A autora do livro é uma pesquisadora e contadora de histórias. Ela trata deste assunto através de contos de fadas, histórias de povos antigos e de tribos indígenas. Faz uma análise profunda sobre os arquétipos, metáforas, personagens contidos nesses contos e revela a sabedoria oculta a tanto tempo sobre a importância de alimentar o feminino selvagem.

Há dois anos venho estudando este livro. Há dezoito anos estou em um caminho de auto-conhecimento, como uma buscadora. Estudei sete anos de Tarot, com uma abordagem Junguiana. Continuo e continuarei buscando enquanto eu existir. Buscando a verdade, a essência do ser, a harmonia da vida... mas nesse caminho que venho seguindo, tive que conhecer e conviver com a sombra. A inveja, o medo, ódio, conflitos, tristreza, frustração, amargura... e sei que muitas vezes perdi o fio.
O contato com este livro foi muito forte para mim. É impossível não se ver nele, sendo mulher. Ampliei meu olhar e vi que a importância do tema é urgente. Ele não fala de mim. Ele fala da mulher. Com um assunto tão rico e tão importante, sendo eu mulher e artista, senti um chamado a fazer algo com o tema mulher selvagem. Há dois anos venho me preparando para isso. E tem sido muito difícil, pois para conseguir chegar aqui, tive primeiramente que resgatar minha própria mulher selvagem que vagava por desertos de espinhos. Agora que aprendi o caminho e conheço seu risco, seu perigo, posso conduzir outras mulheres no resgate de sua loba interior.
A criação desse solo, MULHER SELVAGEM, que contém dança, poesia, teatro e música é a própria manifestação criativa de uma mulher que busca correr com os lobos.

Rosa Antuña


FOTO : Guto Muniz


FICHA TÉCNICA

Criação, coreografia, textos e interpretação : Rosa Antuña
Direção : Rosa Antuña
Figurino : Rosa Antuña
Cenário : Mário Nascimento e Rosa Antuña
Criação de luz : Mário Nascimento e Alberto Alvin Júnior
Técnico de luz : Alberto Alvin Júnior
Preparadora Vocal : Bárbara Penido
Trilha sonora (compilação) : Rosa Antuña
Edição de Áudio : Eduardo Borges
Produção : Cia MN

Apoio : Centro de Qualidade de Vida, Marcenaria, Dinâmica - Soluções em Saúde

Agradecimento : Mário Nascimento, Andrea Mourão, Eduardo Borges, José Villaça, Cia Mário Nascimento e meus pais Rosa Maria Antuña Martins e Nilseu Ferreira Martins