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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Teatro Estudo e texto sobre Júlia Varley

  • Estudou teatro na graduação da UFMG (até o 2° Período - 2008)
  • Workshop de imersão com Eugênio Barba e Júlia Varley (Brasília, dez de 2008)
  • Treinamento de Match de improvisação com Mariana Muniz
  • Workshops de improvisação teatral com Gustavo Miranda (Colômbia)
  • Workshop de improvisação teatral com Omar Medina e José Luis Saldanha (México)
  • Workshop de improvisação com Omar Galvan (Argentina).
  • Workshop com Yara de Novaes

Eugênio Barba

Júlia Varley


Hoje vi Julia Varley, aos seus 61 anos de idade.
Entendi.
Absorvi.
Extasiei-me.
Elevei-me.

Ela me conduziu a um estado de êxtase.
Não sabia que era possível atuar assim...
Eu não sabia que isso existia... que isso era possível.

Nunca havia visto um nível de atuação assim...
Esse domínio, controle, entrega, consciência...
Manifestação pura de arte...
Sabedoria cênica... escolha de vida... conhecimento de si mesmo...
Integridade artística...

Não encontro palavras que expressem o que senti e ainda sinto...
O domínio da voz, todas as suas possibilidades...
O corpo, a ação... a não-ação...

Acho que ali, vimos o que será este curso...
Só que nela (Julia), vemos o trabalho de uma vida...
Ela simplesmente é.
É um exemplo.
É uma luz que guia.
Ela é isso. Ela não precisa nem querer ser isso. Ela já é...

Eu? Eu sou tão pequena, que ainda quero ser...
Vi que não sou nada.
Não tenho nada.
Não sei nada. Me senti como uma criança.
O caminho é árduo e longo, e estou apenas no início,
Bem no início... como um bebê engatinhando...

Mas ela me trouxe um rumo.
Ela me mostrou que é possível ir mais fundo... ir além do confortável...
Podemos sim, tentar alcançar o inatingível!
Dizer o indizível.
Aprofundar-se tanto na música até realmente encontrar o silêncio...
Eu a vi fazendo isso, na minha frente, com todos os meus poros atentos!

E isso é uma escolha de vida.
É um caminho sem volta.
É uma posição. Uma decisão e uma postura que se assume...
Tudo isso, ela não disse, mas ela é.
Vi em seus olhos, absorvi de seu ser... de sua luz...
Sua fragrância e seu frescor... e por diversos momentos a vi tão jovem!

Ela não sabe, mas a tenho como uma mestra a partir de já.
Quero aprender mais... ir mais... mergulhar... crescer...
Para um dia poder simplesmente SER.

Após sua performance eu apenas disse a ela que sua apresentação me emocionou muito.
Foi tudo o que consegui e meus olhos já estavam prontos pra chorar!
Abracei-a. Pude senti-la. Como foi bom pra mim.
Tocá-la e senti-la como um ser de verdade, real e íntegro.
Uma artista. Uma mulher. Uma fonte de inspiração.
Um abraço da Artista Mãe...
Quero sim, banhar-me em sua luz e sabedoria...


Obrigada Julia Varley.

Rosa Antuña - dez 2008




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