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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O despertar da compaixão

Acabamos de chegar do posto da Cruz Vermelha atraz do parque Municipal, ali no Centro de BH. Havia um caminhão quase cheio e ainda, no depósito, uma montanha de doações com alimentos e roupas. Os voluntários ali, com um trabalho incansável e interminável.
Algo muito grave aconteceu muito perto de nós. E essas tragédias nos ensinam muito pela dor. Com esta tragédia aprendemos o desapego. Desapego total e brutal de todos os bens materiais. Desapego de todos os sonhos e planos. Desapego da família. Desapego de quem você era. Desapego dos valores que se tinha antes de tudo acontecer...Desapego de si mesmo em grau máximo. Existem neste momento, pessoas vivenciando toda essa dor do desapego. E é em estado de choque que vivenciam isso, pois a dor é insuportável. A tragédia do outro é uma lição para todos nós. Pois todos estamos sujeitos a isso. Quem manda é a vida. E nós brigamos por tão pouco... por um cargo, um salário, um status social... brigamos para prender conosco aquele marido ou aquela esposa... e tantas vezes deixamos de viver a vida para carregar nossas posses... e tudo isso pode ir embora a qualquer momento. Podemos nos isolar e construir muralhas de ouro ao nosso redor, mas quando a água chegar precisaremos de alguém para nos salvar. Precisaremos dar a mão, seja para socorrer ou para ser socorrido. Nesses momentos lembramos que salvar uma vida vale mais do que bater um ponto no serviço.
As tragédias unem as pessoas pela solidariedade à dor, pela compaixão. E que essa compaixão se perpetue na humanidade. Que essa compaixão despertada neste momento continue conosco. Que esta compaixão fique e se manifeste sempre, não apenas nos momentos de dor, mas também nos momentos de alegria. Que esta compaixão nos desperte para o amor incondicional, para o respeito humano, para pensar no todo. A felicidade só é plena se todos estão bem, se todos nós tivermos trabalho, comida, estudo, dignidade. Que todos possamos ajudar. Seja depositando dinheiro, seja indo lá pessoalmente e ajudando como voluntário, seja com donativos, seja com preces e pedidos... mas é hora de todos nós nos unirmos em prol de algo maior. Que este seja o aprendizado e que ele se perpetue. Estamos juntos, pois todos somos um.

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