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segunda-feira, 23 de abril de 2012

O espetáculo em Garanhuns

Havia muito a ser feito tecnicamente no teatro para o espetáculo, mas nosso técnico, Helinho, juntamente com a equipe técnica, deram um jeito. 
Apresentamos Escapada. Platéia maravilhosa! Um público de 400 pessoas interessadas e educadas. O espetáculo fluiu.

No bate-papo muita gente ficou para conversar conosco.E foi ótimo. Legal um jovem que disse que essa era a primeira vez que estava assistindo dança contemporânea e que ficou muito impressionado, que havia gostado muito! Perguntou se achávamos que a dança e a arte de maneira geral, poderiam encaminhar pessoas que têm problemas com violência. Ele se referia à cidade do amigo que estava ao seu lado na platéia. Disse ser uma cidade pequena e muito violenta.

É claro que a arte ajuda muito. A arte nos absorve, nos molda, nos eleva. A arte nos direciona. E a dança, especificamente, traz disciplina, prazer, auto-estima, equilíbrio no corpo e na alma. Sim. A dança cura. E podemos dançar profissionalmente ou apenas por prazer, por gostar de dançar. E existem tantos caminhos...
Que esta cidade à qual se referiram na platéia, encontre a sua dança... que esta cidade seja tomada pela arte!


Bate-papo após o espetáculo

Após o bate-papo desmontamos o cenário de Escapada, tudo foi colocado no caminhão que já iria sair para Triunfo.
Enquanto eu esperava o caminhão ser carregado, fiquei do lado de fora, nos fundos do teatro, perto da nossa van. Vi duas mocinhas negras de shortinho branco muito justo e curto. Muito maquiadas, andando sozinhas por ali. Já era umas nove e meia da noite. Estava muito deserto. Os carros passavam rápido. Veio uma picape com um jovem homem branco. Buzinou para as meninas. Ele parou o carro mais à frente da nossa van. Fiquei olhando esta cena corriqueira aqui no Brasil. Elas davam risinhos, olhavam uma para a outra. Até que após as negociações as duas entraram no carro. E foram embora. 
Fiquei olhando até o carro fazer a curva. Que coisa. Fico sem ter o que falar diante disso... e enquanto eu me sentia assim... melancolicamente sem palavras, vi um casal despontando no fim da rua. Um homem negro e uma mulher branca. Traziam uma sacola que devia ser de compras para a casa. Andavam de mãos dadas naquela rua escura e deserta. Pareciam muito companheiros. Que coisa... fico sem ter o que falar diante disso... e enquanto eu me sentia assim... emocionadamente sem palavras, o motorista da van ligou o rádio e começou a tocar uma música brega.

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