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terça-feira, 24 de abril de 2012

O Cangaço em Triunfo

A viagem de Garanhuns para Triunfo foi bem tranquila. Já estamos acostumados com a van e nosso motorista, o Sérgio, é excelente! Gostamos muito dele! Também todas as viagens foram curtas. A mais longa foi esta, que durou quatro horas e meia, mas é tão bom observar a mudança da paisagem, ver as pequenas vilas...  O outro detalhe é que eu morro de medo de avião, então sempre vou preferir ir por terra!!! rsrs...

Chegamos em Triunfo e ficamos imediatamente encantados pela cidade, que tem muitas ladeiras, como nas cidades históricas de Minas. Eu e Mário decidimos sair para passear naquele dia, pois como o espetáculo seria no dia seguinte, eu particularmente, prefiro descansar.

Caminhamos pelas ruas da cidade e fomos até o Museu do Cangaço. Fomos recebidos pela dona Selma. Muito gentil, atenciosa e única, com sua poderosa voz rouca nos deu uma aula sobre o Cangaço e a história da cidade.

Lá estávamos nós de novo... seguindo os passos de Lampião! Já havíamos visitado o Memorial da Resistência em Mossoró, que me impressionou muito, pelas enormes fotografias dos cangaceiros. Agora, no museu de Triunfo, minha sensação foi outra. Senti essa história mais próxima e mais real. Havia ali chapéus e armas que foram usados pelos cangaceiros. Havia alguns objetos pessoais do próprio Lampião. Fotos de mulheres que tiveram o rosto marcado por eles... foto da filha de Lampião. Tudo muito paupável. Concreto.



Lampião nasceu em Serra Talhada, que é bem próximo de Triunfo. E as pessoas da cidade têm muitas histórias ainda bem vivas sobre ele. Na pousada onde ficamos hospedados, a Baixa Verde, tem até um curta metragem que foi feito por seus donos, contando sobre uma passagem de Lampião por ali, na época do avô do dono da pousada. Eu vi o curta. Caseiro. Gostei muito! Lampião levou um tiro no pé e foi pedir abrigo ao Coronel (avô do atual dono da pousada). Foi um disse-que-me -disse na cidade. Ele realmente ficou escondido lá, recebeu tratamento e ao se recuperar, o coronel mandou acabar com a luz da cidade para que ele pudesse fugir na escuridão da noite.

E ainda um hóspede da pousada me contou que no dia do casamento de seu avô, Lampião atacou para resolver uma briga de família. Nessa época ele ainda não era "famoso". Esse hóspede é de Serra Talhada.





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