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segunda-feira, 9 de abril de 2012

PALCO GIRATÓRIO - MOSSORÓ


Hoje, dia 9 de abril, estamos em Mossoró. Saímos ontem de João Pessoa às 10:30hs e chegamos aqui lá para as 18:00hs. A viagem foi ótima. Os meninos dormem o tempo todo. Não sei como eles conseguem! rs... queria conseguir dormir assim!

Paramos para almoçar no Restaurante Sal Grosso. Fomos muito bem atendidos. É difícil encontrar paradas na estrada onde  temos um atendimento com tanta gentileza e hospitalidade!
Wilson, o dono de restaurante. Adilson (de São José do Rio Preto), fazendo o churrasco.
Dali para frente, a estrada ficou muito perigosa. Era domingo de Páscoa, muita gente voltando do feriado. Nosso motorista foi ótimo e tranquilo numa estrada tensa. Vi cada imprudência absurda nas ultrapassagens. Nenhum respeito à vida.
Durante o caminho a vegetação foi mudando aos poucos. Ficando mais rasteira... mais seca... mais espalhada... as montanhas foram embora e o que se via era um imenso descampado. Em um momento surgiu um morro, noutro, duas rochas grandes e isso foi tudo.
Vi cidadezinhas simples, casinhas pequeninas e coloridas. Vi um acampamento de miséria ao lado de um lixão, na beira da estrada... Vi algumas vacas e um menino cuidando delas. Vi um boteco com homens bebendo em volta de uma mesa... eles pareciam piratas bêbados após saquear uma vila. Vi uma mulher parada na porta da própria casa (acho que a casa era dela e era uma casa bem simples) olhando para fora, com um ar de quem não tem escolha. Um ar de quem não tem mais para onde ir. Um ar de que a vida era aquilo e pronto. Talvez o marido dela fosse um daqueles " homens-piratas-bêbados"... Vi a "Casa de Show Pisa na Fulô". Fiquei imaginando que tipo de show haveria ali... Deve ser shows para piratas-bêbados-que-saquearam-a-vila. E os shows devem ser feitos por aquelas mulheres-paradas-na-porta-sem-escolha-sem-ter-para-onde-ir.
E enquanto divago sobre isso, um carro amarelo se joga na frente do nosso ônibus, um bando de passarinhos faz uma coreografia linda no céu, um velhinho num banquinho acende um cigarro e Sílvio Santos deve estar na televisão perguntando "quem quer dinheiro?".
Chegamos em Mossoró. Cidade que venceu Lampião e seu bando. E aqui foi  enterrado vivo o cangaceiro da maior confiança dele, o Jararaca. O cangaço reinou por muito tempo. E pensar que em 1922, no Brasil havia, de um lado, a semana de Arte Moderna, e do outro, o cangaço com suas próprias leis. Isso me impressiona muito.
Mossoró tem 300.000 habitantes. No caminho para cá também vi muitas salinas. E aqui tem águas termais. Faz calor demais. E a cidade me surpreendeu. Muito boa. Bem estruturada. Até me lembrou algumas cidades do interior de São Paulo, Araraquara, para ser mais exata! Ah! É completamente plana!
Almoçamo no shopping. E às 16:30hs iremos para o Teatro Municipal. Já fiquei sabendo que ele é ótimo e moderno. Depois eu conto.

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