Próximas apresentações e workshops:

Rio de Janeiro:
- agosto: O Vestido - aguardem

E no segundo semestre tem estreia: ANGELINA!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Abuso da Polícia

Estou em Votuporanga. Temos apresentação hoje de FALADORES, com a Cia Mário Nascimento. Chegamos ontem e dormimos em São José do Rio Preto. Hoje de manhã viemos de van pra Votuporanga. No caminho, apolícia nos parou. Ok. Fez o motorista descer e começou a interrogá-lo. Ok. Os documentos em dia. Papéis com nossas assinaturas. Tudo certo. Então veio o policial com um papo estranho conosco. Falando sobre um seguro pra transporte em vans... perguntando de onde vínhamos, quem estava pagando a van... que havia uma taxa... resumindo : ele queria propina. Fui direta dizendo que éramos apenas o elenco e nosso diretor que saberia responder essas questões financeiras já estava no teatro. Eles nos seguraram uma meia hora. Encheram o saco do motorista que por sinal é muito educado e correto. Como viram que nós não daríamos dinheiro algum, nos liberaram. Bando de filhos da puta. A polícia daqui tá precisando de um pente fino.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

sábado, 10 de setembro de 2011

simplicidade

Queria poder apenas existir. Apenas viver. Apenas respirar. Vivendo um dia de cada vez. E todos estão correndo tanto o tempo inteiro... Todos estão aflitos para se tornarem alguém... sinto que aqueles que não se preocupam com isso são tão mais felizes... poder apenas ser. E ser é tudo. Talvez todos aqueles que correm tanto para se tornar alguma coisa estejam sem recheio... Então buscam ter, possuir coisas, se tornar importantes... talvez apenas estejam sem recheio...
Quem sabe a felicidade já esteja debaixo do nosso nariz nas coisas mais simples da vida?
Talvez respirar a simplicidade da vida seja algo que nos preencha... de dentro pra fora.

sábado, 6 de agosto de 2011

VÌDEOS - Escapada - Cia Mário Nascimento





Entrevista - Castelo do Poeta - Escapada


Entrevista com Rosa Antuña no Castelo do Poeta e trecho do espetáculo Escapada, com a Cia Mário Nascimento

VÍDEO "Faladores" - Cia Mário Nascimento





Faladores
Direção e coreografia : Mário Nascimento
Trilha : Fábio Cardia

VÍDEO " O Rebento" - 2007 - Cia Mário Nascimento


Solo de Rosa Antuña em "O Rebento" - Cia Mário Nascimento

VÍDEO "Escambo" - 2004 - Cia Mário Nascimento

ESCAMBO - Cia Mário Nascimento
Direção e coreografia : Mário Nascimento
Trilha : Fábio Cardia
Elenco : Mário Nascimento, Rosa Antuña, Thaïs França e Vanilton Lakka

Gravação feita no Centro Cultural São Paulo, na sala Jardel Filho

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Caindo no Rock!

E assim a vida segue seu caminho. Alguns dias são tristes e cinzentos. Outros chuvosos...tempestades também aparecem no caminho. Mas o importante é continuar seguindo em frente. Mesmo os dias cinzentos passarão. Continue seguindo. Enfrente todas as tempestades. Em algum momento tudo valerá à pena. E nesse dia, aqueles dias cinzentos ficarão tão distantes que parecerá que eles nem existiram... e você percebe que você cresceu. Que não é mais aquela criança assustada e perdida em um mundo cruel. Você percebe que não tem mais medo de tempestades, nem de ventos fortes... e que na verdade está pouco se fodendo pra tudo isso. O que importa é viver aqui. No presente, como se fosse seu último dia de vida. E nada mais importa. Você não deve satisfação a ninguém, e talvez aquelas regras que te ensinaram um dia sirvam apenas pra você não cumpri-las por escolha. E continuo pouco me fodendo! O importante é viver um dia de cada vez e buscar a felicidade onde ela realmente está e não onde te disseram pra encontrá-la. A felicidade está onde o coração bate mais forte, onde os olhos brilham, onde dá vontade de gargalhar de novo. E continuo pouco me fodendo com tudo! Basta continuar caminhando e deixando os dias cinzentos cada vez mais distantes. Um passo de cada vez. Um sorriso de cada vez. É muito bom sentir a vida novamente, após dias de chuva forte. Viva o rock'n roll!

sábado, 2 de julho de 2011

Amador e profissional.

Como cansa trabalhar com amador. É algo que exaure.
Uma das principais diferenças entre profissionais e amadores é que o amador sempre te questiona as ordens. O amador sempre vem dar sua opinião (que na maioria das vezes está completamente equivocada). Você pede uma coisa e ele faz outra, pois ele acha que... Você diz pra ele escrever algo e ele escreve outra coisa, pois ele achou que... (participativo, não?)
O amador não entende que se você é o diretor, é você quem comanda ( coitadinho, ele tem dificuldade!). O amador sempre acha que são todos coleguinhas ( disso eu morro de rir). O amador sempre vem tentar ser íntimo. O amador não tem a menor noção de limites. Ah! E algo fundamental. O amador adora te ensinar, pois pra ele, ele é o detentor de todo o conhecimento e sempre poderia fazer melhor do que você (disso eu morro preguiça!).

Agora, o profissional.... Ah! O profissional! Este te traz alívio e segurança. Como é bom trabalhar com profissionais, pois cada um sabe o seu papel e não precisa receber ordens para desempenhá-lo. Quando recebem ordens, cumprem. Quando há problemas, resolvem. Quando há situações difíceis, ficam do lado do diretor e o apoiam. Confiam no diretor. Esperam as resoluções. Têm paciência. Sabem que o tempo é pra ontem. Então trabalham. Se há algum problema, o diretor pode conversar educadamente que eles entendem!!! Ouvem!!!! Acatam!!!! Refletem!!!! E melhoram o que precisa ser melhorado.

Ah, mas o amador... você fala uma vez. Primeiro ele não entende. Você fala a segunda vez. Ele não ouve. Você fala a terceira vez ( e o tempo passando...) e ele te desacata na frente de todo mundo. Então você fala a língua que ele entende: gritos. O diretor grita, coloca-o em seu lugar, ele fica puto, pois geralmente os amadores são extremamente arrogantes, mas a ordem é reestabelecida. A melhor opção é mandá-lo embora. Melhor ainda seria... jogá-lo aos crocodilos!

Rosa Antuña

sexta-feira, 24 de junho de 2011

De Perfumes e Sonhos - Sinopse

O espetáculo foi criado para os homens. Fala sobre as mulheres. Revela as mulheres para os homens de uma forma extremamente franca. Através de uma atriz, uma cantora e uma bailarina as emoções, sentimentos, angústias e sonhos femininos vão sendo tecidos ao longo do trabalho.


Durante o processo de criação, o filme “ A Cidade das Mulheres” de Federico Fellini, foi também uma importante fonte de inspiração.

Direção, coreografia e textos de Rosa Antuña.

Intérpretes Eliatrice Gichewski, Fabiana Loyola e Luísa Bahia.

Duração 45 minutos.

De Perfumes e Sonhos Release

Há alguns anos trago a vontade de trabalhar cenicamente com dança, teatro e música, mas de uma maneira que fugisse à estética dos musicais conhecidos hoje em dia, que se baseiam muito no formato dos musicais da Broadway. Além disso, quando se diz que é um espetáculo de dança, teatro e música, de maneira simplista o leigo diz que então é um musical. E isso sempre me irritou.


Tive formação em dança, do ballet clássico, às danças populares, dança moderna e contemporânea. Paralelamente fui estudando teatro e improvisação teatral de maneira independente fazendo cursos e workshops sempre que possível. Por último comecei a estudar canto, o que me levou à percussão e noções básicas de musicalização e violino.

Ao ingressar na Cia Mário Nascimento em 2003, encontrei finalmente uma harmonia ideológica com o coreógrafo, que começou a me trazer cenicamente propostas onde eu deveria atuar, cantar, tocar, improvisar, além de dançar. Sem dúvida alguma isso foi fundamental para o início do meu desenvolvimento artístico de uma maneira mais ampla e completa. Além disso, fui tendo também oportunidade de escrever textos, letras de músicas e poesias que eram usados nos espetáculos. Participei desta forma em “Escambo”, “O Rebento”, “ Faladores” e “Escapada”, sendo este último, o trabalho mais recente da Cia MN.

Paralelamente à Cia Mário Nascimento, trabalhei como coreógrafa desde 2003 para escolas e grupos independentes, além da criação de dois solos: “La Luna” (2003) e “Mulher Selvagem” (2010), onde também sou intérprete.

“Mulher Selvagem” foi inspirado no livro “Mulheres que Correm com os Lobos”, de Clarissa Pinkola Estes. O solo traz a temática do resgate do feminino, expondo as fraquezas e fortalezas da mulher. Para expressar esta idéia usei a dança, o teatro e a música, além de textos e poesias que escrevi. O trabalho foi muito forte para mim e me abriu para um novo mundo dentro da arte e dentro de mim mesma.

Senti então, a necessidade de compartilhar este universo com outros artistas. Um universo do feminino profundo revelado através das “Artes Integradas”.


Em “ De Perfumes & Sonhos “ tive a oportunidade de me aprofundar neste caminho ao trabalhar com uma atriz, uma cantora e uma bailarina.

A idéia era que cada uma se expressasse em sua área de domínio, mas já começando a explorar uma outra linguagem cênica.

Para que um artista chegue nesta “Integralização da Arte” são necessários muitos anos de estudo e neste trabalho temos apenas o início de uma longa jornada. Meu desafio é justamente encontrar um ponto em comum entre as três artistas. É desenvolver uma metodologia de ensino e ensaio onde os potenciais de cada uma venham se equalizando organicamente. O simples convívio entre as três também ajudou a promover isso. Naturalmente elas se observaram, trocaram, se auxiliaram. Além disso, trabalhei com elas técnicas básicas de preparação vocal, corporal e teatral. Além de exercícios mais rigorosos para uma boa preparação física. Sequências de dança contemporânea também foram trabalhadas para trazer um certo nivelamento da qualidade de movimento cênico e organização do corpo.

Quanto à temática do espetáculo, ela também não surgiu agora. Ela já me acompanha há muitos anos. E consegui começar a reconhecê-la e expressá-la a partir da leitura do livro “Mulheres que Correm com os Lobos”, que resultou no solo “Mulher Selvagem”. Pois em “De Perfumes & Sonhos” o tema do feminino continua, ainda sim, influenciado pelo livro. A diferença foi que havia neste momento, três jovens intérpretes que me trouxeram muitos e novos estímulos e que também responderam muito bem aos estímulos que levei para elas. Foi uma troca muito rica.

Acrescento ainda que o trabalho foi criado para os homens. Fala sobre as mulheres. Revela as mulheres para os homens, de uma forma extremamente franca.

Durante o processo de criação, o filme “ A Cidade das Mulheres” de Federico Fellini, foi também uma importante fonte de inspiração

Espero que seja este, o início de um belo caminho.


Rosa Antuña

quarta-feira, 22 de junho de 2011

JAM NO 104 !!!

Neste sábado, a associação Dança Minas realizará com o apoio do Espaço 104, uma JAM .
A Jam session, termo originalmente nascido no meio jazzistico (JAM= Jazz After Midnight) simboliza um momento de encontro, de liberdade de criação e expressão, de harmonia entre indivíduo e coletivo, instante mágico em que o caos da criação e explosão vital individual convive pacificamente com a ordem social.

A Associação Dança Minas, como instrumento político, busca através desta ação promover um espaço de troca e convivência entre artistas de Minas Gerais.


Sábado, dia 25 de junho, de 16:00hs às 19:00hs no 104

Praça Ruy Barbosa, 104 – Centro – BH/MG


Público alvo: bailarinos, atores, músicos e interessados em geral.

Contribuição espontânea

Música ao vivo.

domingo, 22 de maio de 2011

Vamos viver assim?



Meu amor essa é a última oração


Pra salvar seu coração


Coração não é tão simples quanto pensa


Nele cabe o que não cabe na dispensa


Cabe o meu amor!


Cabe em três vidas inteiras


Cabe uma penteadeira


Cabe nós dois


Cabe até o meu amor


Essa é a última oração pra salvar seu coração


Coração não é tão simples quanto pensa


Nele cabe o que não cabe na dispensa


Cabe o meu amor!


Cabe em três vidas inteiras


Cabe uma penteadeira


Cabe essa oração

Vamos nos lembrar?

Vamos viver num mundo melhor?
Vamos tentar fazer deste um mundo melhor?
Mas vamos ter que nos esforçar.
Mas vai valer à pena. Vai sim.
Mas temos que acreditar.
Mas vai valer à pena. Vai sim.
Vamos nos lembrar de amar? Vamos nos lembrar de nos respeitarmos?Vamos nos lembrar de agradecer por estarmos vivos?
Vamos dar valor à vida?
Vamos nos lembrar de valorizar quem vive conosco?
E também quem trabalha conosco?
Vamos nos lembrar de que somos todos iguais?
Somos todos seres humanos e para sermos verdadeiramente felizes é preciso que todos tenhamos felicidade...
Vamos nos lembrar que todos temos direito de nos alimentarmos bem, que todos precisamos de moradia, estudo, trabalho...
Vamos nos lembrar de dar oportunidade para quem precisa?
Vamos ajudar quem está pedindo ajuda?
Vamos nos lembrar que o dinheiro foi criado para nos servir e que nós não fomos criados para servir ao dinheiro?
Vamos nos lembrar que progresso e evolução não é criar máquinas que vivem por nós e fazem tudo por nós!
Vamos nos lembrar que progresso e evolução significa capacidade de amar mais e mais.
Capacidade de doação, de caridade, de compartilhamento.
Progresso deve ser sinônimo de liberdade do ser.
Progresso é poder andar na rua e dar bom dia às pessoas.
Progresso é poder ter uma idéia e saber que irá realizá-la pois você será ajudado e não impedido!
Progresso é viver num mundo onde os artistas são respeitados por trazerem ao mundo reflexões, sons, imagens, textos, que auxiliam na evolução e despertar da humanidade.
Progresso é viver num mundo onde professores são respeitados por formarem pessoas que irão fazer coisas lindas pelo planeta que vivem.
Progresso é viver num mundo onde os jovens lembram que os mais velhos viveram mais que eles e devem ser ouvidos e respeitados.
Progresso é viver num mundo que respeita todas as profissões, pois todas são importantes para a engrenagem de um povo.

Tecnologia sem amor e sabedoria vira bomba atômica.

Vamos precisar nos unir para vencermos de verdade.
Para que a luz se faça presente no coração dos homens e mulheres deste planeta em que vivemos.
Para que haja um verdadeiro despertar da consciência.
Para que haja integridade, lealdade, justiça.
Para que aqueles que ocupam posições de poder se lembrem que sua missão é auxiliar o crescimento humano e que eles devem ser exemplo para nós.

Vamos nos unir já. Aqui e agora.
É hora de despertar. É hora da verdade chegar.
O momento está próximo.
Que haja amor, fé e sabedoria.
Estamos juntos.
Todos somos um.

Rosa Antuña

domingo, 17 de abril de 2011

O Abuso da Platéia

Cenas de nudismo. Existe tanto filme pornô, tanta revista com homens e mulheres nus, tanto sexo explícito e on line, tantas casas de swing, exibicionismo, festas sexuais... As pessoas podem transar com quem quiserem, podem ver seu próprio corpo à vontade... Não entendo porque elas vão ao teatro ver uma peça e na única cena de nudismo, filmam com seus malditos celulares, a artista que está ali, nua, dentro do TEATRO, dentro de um contexto na peça que está sendo encenada.
Pois isso aconteceu comigo quando fui dançar Mulher Selvagem em São José do Rio Preto. Estava até havendo um certo respeito quanto ao uso de celulares para filmar o espetáculo (sendo que é terminantemente proibido fotografar ou filmar qualquer espetáculo, em respeito aos direitos autorais dos artistas). Mas no momento em que inicio a cena nua, houve um festival de luzes na platéia. Eram tantas pessoas me filmando que confesso ter me ocorrido o pensamento de parar ali mesmo a cena, mandar todos eles pra puta que pariu e ir embora para casa. Mas não fiz assim. Segui a cena. Senti ódio. Tive vontade de matar aqueles filhos da puta ignorantes e escrotos que estavam ali naquela platéia. Não fui embora desta vez. Mas não sei se aguentarei se isso acontecer de novo. Se eu quisesse ficar por aí pelada, eu o faria. Hoje, penso que nunca mais porei cenas de nudismo porque não há controle mais nas malditas câmeras, ou melhor... nas malditas pessoas ignorantes que não respeitam o artista... e de qualquer forma, É PROIBIDO FILMAR OU FOTOGRAFAR ESTE ESPETÁCULO. Essa frase e nada é a mesma coisa. Direitos autorais ficam onde? Alguma providência deve ser tomada. O que está acontecendo? O que é pra fazer agora? Será que é melhor aceitar o profundo desrespeito e já fazer espetáculos consciente que quem quiser vai filmar e fazer o que quiser com o vídeo? Ou será que ainda vale à pena insistir em conscientizar o público, ensinar nas escolas, fazer programas nos centros culturais de conscientização ao respeito aos direitos autorais e principalmente à exposição do corpo que certos trabalhos exigem? Será que é possível fazer isso nesse país? Ou eu que estou aqui brigando sozinha? Sinto-me abusada. Quem quiser me ver nua de perto, que me conquiste, me seduza e me leve pra cama.

Rosa Antuña



FOTO : Guto Muniz

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Isso é ridículo

Estava pensando... e se os artistas todos do mundo fizessem uma greve geral? Como seria? Como ficaria o mundo sem música? Não haveria novelas, nem cinema, nem seriados... não haveria dança, nem apresentações em teatros... nem shows... nem cores, telas, esculturas... muito menos livros, poesias, histórias... como ficaria um mundo sem arte? Seria sobrevivível? Como ficariam as pessoas? Cinzas? Pálidas e opacas... Transfomariam-se em robôs? Nasceriam, cresceriam, se reproduziriam, envelheceriam e morreriam? É... engraçado... e aqui no Brasil pelo menos, a arte é tão desvalorizada... Acho o planeta Terra um lugar surreal! Primeiramente pois tudo é pautado no dinheiro. Para se viver aqui assinamos um contrato antes de nascermos que diz "agora você é um escravo do dinheiro, parabéns!". Sendo assim, a arte também se tornou escrava disso! E os artistas! Os artistas precisam de dinheiro pra pagar as contas, pra criar os filhos... não adianta chegar na padaria ( pelo menos do jeito que nosso mundo sem noção é hoje) e dizer : "quero um pão, em troca, como não tenho dinheiro, te declamo um soneto." O padeiro não vai aceitar essa troca, pois não adianta ele chegar pro dono do seu apartamento e dizer que este mês o aluguel será pago com uma serenata! Pois o dono do apartamento precisa de dinheiro para pagar o colégio da filha, que não aceita que o pagamento seja uma demonstração de tango feita pelos pais dessa filha! Isso porque a dona do colégio gostaria de chegar no banco, onde ela tem uma dívida e dizer que vai pagar com um quadro que ela pintou. O banco não vai aceitar! O banco aceita apenas dinheiro e a sua alma. Bem... voltando do devaneio momentâneo... sabemos das diferenças surreais de distribuição de renda no nosso país e no mundo. Na arte a questão continua. Caso você se torne uma dupla sertaneja, ou se chame Luan Santana, você pode ter a sorte de fazer sucesso e ficar exageradamente rico. Você pode ser um excelente flautista e passar aperto a vida inteira para pagar suas contas. Tudo bem. Aqui em nosso absurdo sistema capitalista é cada um por si e quem for mais esperto se arruma e que se danem os outros que foram idiotas. Não é assim? Hoje eu não incentivo mais nenhum jovem a seguir sua carreira como artista, a menos que seja um chamado da Alma tão forte, que isso fará com que ele tenha forças pra enfrentar as dificuldades. É preciso saber que aqui no Brasil, a arte é mendiga. Os artistas vivem de esmolas. As leis de incentivo e as políticas públicas têm um formato estranho, que parece que vai ser bom, mas não é. São leis enrigecidas, que tentam confinar a criação e os artistas, como se eles fossem da área de exatas!!! Claro! Quem criou essa Lei, deve ser da área de exatas!!! Como não pensei nisso antes?!! Além do quê, o teto do salário que colocam, ao menos pra bailarino, que conheço mais, é um desrespeito. É um absurdo. Nossa, acho que, dentro da arte, a carreira da dança é das mais desrespeitadas nesse país. Posso estar errada! Mas os bailarinos não recebem o que merecem pela dedicação, trabalho e risco da carreira que escolhem. Os eventos e festivais, cada vez com menos verba, tudo tem que enxugar. Mas existem pessoas neste planeta que compram ilhas!!! Tem alguma coisa muito errada aqui! Se o dinheiro fosse equalizado pelo mundo não haveria miséria. Não haveria pobreza. Enquanto isso, nós, mendigos da Arte vamos nos debatendo tentando comer as migalhas que o país nos joga através das leis de incentivo... vamos nos debatendo, nos engalfinhando... ... e isso é ridículo.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Kiss From a Rose


Beijo de uma Rosa
Costumava existir uma torre acinzentada sozinha no mar.
Você se tornou a luz no meu lado obscuro.
O amor continua sendo a droga que dá uma onda, sem uso de pílulas.
Mas você sabia,
que quando neva,
meus olhos se tornam maiores e
a luz que você emite pode ser vista?
Baby,
eu comparo você ao beijo de uma rosa no cinzento.
Ooh,
Quanto mais eu recebo de você,
mais estranha é a sensação, yeah.
E agora que a sua rosa está desabrochando
Uma luz atinge a escuridão do cinzento.
Existe tanta coisa que um homem pode contar a você,
tanto que ele pode dizer.
Você permanece,
meu poder, meu prazer, minha dor, Baby
para mim você é como um vício crescente que eu não posso negar.
Me diz, isso é saudável, baby?
Mas você sabia,
que quando neva
meus olhos se tornam maiores, e a luz que você emite pode ser vista?
Baby,
eu comparo você ao beijo de uma rosa no cinzento
Ooh, quanto mais eu tenho você
mais estranho parece, yeah
E agora que a sua rosa está desabrochando
Uma luz atinge a escuridão do cinzento.
Eu fui beijado por uma rosa no cinzento,
Eu fui beijado por uma rosa (na sepultura)
Eu fui beijado por uma rosa no cinzento,
... E se eu cair, tudo isso irá embora?
Eu fui beijado por uma rosa
... Beijado por uma rosa na sepultura.
Existe tanta coisa que um homem pode contar a você,
tanto que ele pode dizer
Você continua
meu poder, meu prazer, minha dor.
para mim você é como um vício crescente que eu não posso negar, yeah
Você me diz, isso é saudável, baby?
Mas você sabia,
que quando neva,
meus olhos se tornam maiores e, e a luz que você emite pode ser vista?
Baby,
eu comparo você ao beijo de uma rosa na sepultura
Ooh, Quanto mais eu recebo de você
Mais estranha é a sensação, yeah
Agora que sua rosa está desabrochando.
Uma luz atinge a escuridão da sepultura.
Sim, eu comparo você ao beijo de uma rosa na sepultura...
Ooh, Quanto mais eu recebo de você
Mais estranha é a sensação, yeah
E agora que sua rosa está desabrochando
Uma luz atinge a escuridão da sepultura.
Agora que sua rosa está desabrochando.
Uma luz atinge a escuridão da sepultura.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Feridas Abertas

Somos todos pessoas com o coração ferido. Fomos todos crianças abusadas. Fomos todos abandonados. Somos todos carentes. Somos todos doentes. Precisamos todos de ajuda. Temos todos medo de amar.
Um planeta cheio de seres com profundas feridas emocionais fingindo que não sentem dor. Um planeta cheio de seres com profundas feridas emocionais se entorpecendo para não sentirem dor.
Um planeta cheio de seres com profundas feridas emocionais fingindo que está tudo bem.
Um planeta cheio de seres.
Um planeta de sobreviventes.
Uau. É aqui onde vivo. É a eles a quem pertenço.
Onde foi que cheguei?

E a que ponto nós chegamos?

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O despertar da compaixão

Acabamos de chegar do posto da Cruz Vermelha atraz do parque Municipal, ali no Centro de BH. Havia um caminhão quase cheio e ainda, no depósito, uma montanha de doações com alimentos e roupas. Os voluntários ali, com um trabalho incansável e interminável.
Algo muito grave aconteceu muito perto de nós. E essas tragédias nos ensinam muito pela dor. Com esta tragédia aprendemos o desapego. Desapego total e brutal de todos os bens materiais. Desapego de todos os sonhos e planos. Desapego da família. Desapego de quem você era. Desapego dos valores que se tinha antes de tudo acontecer...Desapego de si mesmo em grau máximo. Existem neste momento, pessoas vivenciando toda essa dor do desapego. E é em estado de choque que vivenciam isso, pois a dor é insuportável. A tragédia do outro é uma lição para todos nós. Pois todos estamos sujeitos a isso. Quem manda é a vida. E nós brigamos por tão pouco... por um cargo, um salário, um status social... brigamos para prender conosco aquele marido ou aquela esposa... e tantas vezes deixamos de viver a vida para carregar nossas posses... e tudo isso pode ir embora a qualquer momento. Podemos nos isolar e construir muralhas de ouro ao nosso redor, mas quando a água chegar precisaremos de alguém para nos salvar. Precisaremos dar a mão, seja para socorrer ou para ser socorrido. Nesses momentos lembramos que salvar uma vida vale mais do que bater um ponto no serviço.
As tragédias unem as pessoas pela solidariedade à dor, pela compaixão. E que essa compaixão se perpetue na humanidade. Que essa compaixão despertada neste momento continue conosco. Que esta compaixão fique e se manifeste sempre, não apenas nos momentos de dor, mas também nos momentos de alegria. Que esta compaixão nos desperte para o amor incondicional, para o respeito humano, para pensar no todo. A felicidade só é plena se todos estão bem, se todos nós tivermos trabalho, comida, estudo, dignidade. Que todos possamos ajudar. Seja depositando dinheiro, seja indo lá pessoalmente e ajudando como voluntário, seja com donativos, seja com preces e pedidos... mas é hora de todos nós nos unirmos em prol de algo maior. Que este seja o aprendizado e que ele se perpetue. Estamos juntos, pois todos somos um.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Jovens de hoje

Dizem que evoluímos com o passar do tempo, não é mesmo? Eu diria que nos modificamos, mas não necessariamente evoluímos. Podemos "emburrecer "com o tempo. Podemos desaprender a amar. Podemos nos especializar em cotovelos dos macacos albinos, mas não saberemos mais absolutamente nada de nada além desse assunto.
Segundo Helena Blavatsky em seu livro "A Voz do Silêncio", onde trouxe para o ocidente ensinamentos valiosos do Budismo, de nada vale o eruditismo mental, sem a sabedoria da Alma.
A internet trouxe o acesso a tanta informação, que os jovens saem decorando tudo o que vêem pela frente sem critério e transformam a própria mente num segundo computador repleto de dados fragmentados. Os jovens se tornaram uma máquina de informações sem sabedoria nenhuma. Sem amadurecimento algum. Plenos de arrogância e intolerância. Não sabem mais o valor de um mestre, de um professor, perderam o respeito à hierarquia, não sabem lidar com autoridade. Imbuídos de arrogância, desviaram-se do caminho do conhecimento e da experiência e mergulharam num labirinto de idiomas mal escritos e superficialidade. Tornaram-se cabeças com pernas. Sem coração, sentimento ou emoção. Não sabem pensar. Para pensar é preciso tempo. É preciso saber respirar. É preciso um pouco de calma e paciência. É preciso aprender a aprender com a experiência dos mais velhos. É preciso aprender a ouvir. Tudo tem seu tempo. E é preciso humildade para aprender com aqueles que estão na nossa frente.
Juventude rasa. O que será que eles irão plantar no futuro? Árvores de vazio? Construirão edifícios em terrenos de areia? O que irá sustentar toda essa nova geração?
O conhecimento em todas as áreas está se perdendo a cada dia. Isso é muito grave. Algo precisa ser feito.